Vicente - Capitulo 1 - Pt.1

quinta-feira, agosto 26, 2010 / Postado por And_Rodrigues / comentários (3)

Comecei a postar essa história a duas semanas, para não se tornar maçante, continuarei fazendo isso, espero que gostem.

Eu cometi um equivoco no primeiro post dessa história por isso providenciei uma errata


Errata

Na primeira postagem pareceu muito claro que a personagem de Vicente tem como paixão a escrita, logo o primeiro pensamento que vem, é que ele abriu mão de escrever, de tentar ser um escritor, isso foi um descuido meu, na primeira vez que escrevi essa era a intenção, na hora de postar acabei não corrigindo, por isso esta errata, não mudarei a postagem só gostaria de esclarecer que a paixão dele no caso é a música, e se ele esta escrevendo algo, são partituras e compondo.

Peço desculpas pela minha falta de atenção.





No dia seguinte Vicente acordará tranqüilo, como todos os dias, tomou um gole de café preto, desceu pelo elevador, como não morava longe do escritório onde trabalhava foi andando, o que lhe permitia um passeio de uns 15 minutos pela cidade movimentada logo cedo, antes de chegar no furacão que era o prédio onde se localizava seu escritório.

Por fora uma construção grande e imponente da metade do século passado, que dava um certa sensação de nostalgia, passando pela porta giratória, que já lhe alçava o moderno com seu acabamento preto, e vidros reluzentes, onde era possível enxergar a si mesmo, acabava toda a atmosfera de antigo, tudo em mármore que parecia refletir todos que ali caminhavam, o que indicava a grande corporação que ali tinha sua matriz; Passando pelo balcão da segurança ouviu um simpático:

-Bom dia Sr.Vicente
-Bom dia Augusto, como foi o jogo do Roberto no fim de semana ?
-Oh! É uma alegria pra mim ver meu menino jogar senhor, ele foi bem, e ainda quase fez gol, falou emocionado, coisa de pai coruja.
-Ótimo! Espero que continue assim, ele é um bom menino.

A conversa não se prolongou nem por dois minutos, e Vicente seguiu para o elevador, que inevitavelmente nesse horário ia apinhado de gente, aperto o botão com o número 14, e no caminho deu uma olhada no seu palm-top, que vibrava dentro do paletó com duas mensagens da sua secretária. A primeira dizia “- Reunião remarcada para hoje, relatórios em cima da minha mesa,tudo ok”, a segunda dizia :”-Quanto ao horário da reunião, estou rezando para que o senhor esteja nesse prédio”.


Após quase duas horas de reunião, estampado na face de Vicente, estava uma mistura de satisfação e extremo cansaço, se dirigiu a sua sala, onde ficou por volta de meia-hora e se despediu de Ana, sua secretária.

Saiu tão atordoado do escritório que nem se dera conta da chuva que caia lá fora, só a percebeu quando foi atravessar a rua, que o fez correr para evitar molhar-se mais, ao atravessar a chuva apertou, fazendo com que procura-se abrigo debaixo de um toldo, ficou de frente para rua e costas para vitrine, estava ali única e exclusivamente para se proteger da chuva. Depois de alguns instantes parado olhando para os lados, e vez ou outra para o céu, como quem pudesse ver quando a chuva ia parar de cair, ele se virou para loja, franziu a testa, cerrando um pouco os olhos, entortou um pouco o pescoço tombando-o para o lado esquerdo, e uma coisa lhe passou pela cabeça,:”cinco, seis anos juntos...talvez seja a hora”, e continuo a admirar a infinidade de alianças que ali se ofereciam para ele.

Vicente não pensou muito para entrar na loja, demorou sim lá dentro, nada poderia fugir do gosto de Julia, na verdade, essa era a desculpa, mas ali diante de tantas opções, ele nem imaginava qual delas Julia gostaria mais, no meio desse processo de escolha, ele ligou para sua secretária, e disse que ela estava de folga o resto da semana, isso numa quarta feira na hora do almoço, era um sonho, ele só pediu um ultimo favor antes da folga de meio de semana, “duas passagens para Gramado , chalé reservado, e deixar avisado para qualquer um que o procura-se, inclusive deixar na secretária eletrônica que ele estava morto, pelo menos até segunda”, ela sorriu e disse que antes mesmo do fim da tarde tudo estaria pronto, e as passagens estariam na portaria do prédio, com uma ordem expressa de só ser entregue ao Sr.Medeiros.
Depois de quase uma hora dentro da joalheria, escolheu a solitária, e disse o tamanho do dedo de Julia, deixou avisado que no dia seguinte voltaria para buscar a aliança.

Foi embora feliz, e nem se abalou com a chuva que continuava caindo, despenteado seus cabelos impecáveis ajeitados para trás, ligou para Julia e disse:”- Tem algo para fazer amanhã?” ..., espero um pouco a resposta, e voltou a falar:”-Não marque nada então, amanhã não irei para o escritório”.





^AR^

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Meio Louco?

quarta-feira, agosto 18, 2010 / Postado por And_Rodrigues / comentários (5)

Sei que o natural seria eu continuar a história do Vicente, mas onde ficaria o suspense, rsrrs...brincadeira, é por que já tinha em mente, uma semana postar a história do Vicente, e na semana seguinte, um texto aleatório, espero que gostem, é a primeira vez que posto algo que não é um poema.Boa Leitura




Tudo está meio louco,
grande parte das coisas perderam o sentido
as meninas já não brincam de boneca,
nem sonham com principes encantados,
não estou reclamando,
não sou nem um tipo de sapo esperando ser beijado
os garotos antes, até uma certa idade tinha nojo de meninas,
hoje quanto mais agarrados com elas, pra eles parece melhor.
Não quero nem falar dos seus gostos duvidosos.
como calças laranjas e verde-limão
cada um gosta e se relaciona com o que mais lhe convém
e o que mais lhe agrada.
Um best-seller antes era paulo coelho,
que benza deus, já era horrivel
mas hoje em dia é Stephenie Meyer,
nada contra essa moça,
mas vampiros que brilham no sol
é inovação de mais para quem gosta de clássicos,
e tinha gente que reclama do Louis, do entrevista com vampiro.
uma coisa é certa,
Bram Stoker essa hora deve estar se remoendo no seu túmulo




^AR^

Vicente

terça-feira, agosto 10, 2010 / Postado por And_Rodrigues / comentários (3)

Boa Terça. Começarei hoje a colocar trechos de uma história que estou escrevendo, uma personagem que eu pessoalmente gosto muito, talvez por ser a primeira a existir dentro de uma realidade. Espero que o apreço de todos pela personagem seja o mesmo que o meu.



“Lembranças que vem com a chuva, que lava a alma dos que acham que nunca mais vão amar, e traz na sua brisa os doces momentos que ficaram para sempre , de onde jamais deverá sair “





Vicente acordou no meio da noite, jogou o lençol para o lado, e sentou-se na cama por um breve momento antes de se levantar, por um instante teve a impressão de algo ter tentado tocar-lhe as costas, mas não deu importância. Vestido apenas com a calça do pijama, foi em direção a janela; apoiado com o braço entre o rosto e o parapeito, fitou a calmaria da madrugada lá fora, observava a brisa *mansa bater no vidro e ficou olhando ali perdido em seus pensamentos, abriu um leve sorriso quando percebeu que começava uma fina garoa que o fez pensar: “ onde você está ? , perdido no seu mundo de um lento movimento, gotas de chuva e uma fraca iluminação artificial, foi trazido de volta com um leve passar de mãos pelo seu peito e um simples sussurro que disse: “ Vicente, amor! Vamos deitar!”



- Eu não acredito nisso Vicente? de novo essa história de escrever?!

- Eu que não acredito que nós estamos discutindo isso outra vez.

-Não seria necessária essa conversa, se a primeira tivesse surtido algum efeito.

- Tanto que eu tenho um ótimo emprego. disse ele com certa ironia.

- Lindo, Maravilhoso... E como você me explica todos aqueles rascunhos na sua gaveta?

- Você sabe que eu odeio falar sobre isso

- É! Eu sei que odeia, você nunca gosta de nada que diga como esta errado.

- Não basta eu ter desistido da idéia de escrever por você, agora eu não posso nem mais rabiscar? Perguntou demonstrando certa mágoa

- A última vez que você começou “ rabiscar “, você por pouco _ , disse isso apontando para si mesma_ não largou a faculdade no final do terceiro ano, quase largou o emprego também, para ir com seu lap top escrever no parque.

-Meu Deus Júlia, isso foi há tanto tempo, e você ainda continua remoendo isso, até parece que eu sai com outra mulher.

- Mas é assim que me sinto, traída.

- Por Deus, isso não neh...e continuo a falar Vicente.

-Tudo tem um limite Júlia, pára de drama, nós já discutimos sobre isso, e é assunto encerrado. Disse já muito irritado.

- Então é assim? Tudo que eu digo é drama! Visivelmente contrariada.



Júlia engoliu seco o que estava prestes a dizer, devagar dá as costas a Vicente que olha a cena ainda com a roupa de trabalho. Sem o paletó e com a gravata frouxa no nó, suspira e a vê seguir em direção ao banheiro, ele se joga para trás no sofá e leva as mãos ao rosto e solta um
Uhggg “ abafado... Alguns instantes depois se levanta do sofá e desce do seu apartamento no sexto andar, vai para o bar que tem embaixo do prédio onde mora.



Duas horas depois da discussão, Júlia, deitada no sofá branco de costas para a porta ouve um mexer de chaves, e a maçaneta girar, rapidamente se põem de frente para porta com os joelhos apoiados no assento,e assim que percebe que Vicente a encara com um semblante cansado, ela abre um sorriso meio sem graça, e começa

- Desculpa “ Vi “ , não queria discutir contigo, ainda mais sobre um assunto tão chato!...Me desculpe.

- Mas discutimos, achei que nem voltaríamos mais a tocar nesse assunto

- Eu sei “ Vi “, por isso mesmo estou pedindo que me desculpe, eu estava estressada com o trabalho, tudo começando a dar errado num grande caso, chego em casa encontrei seus manuscritos, enlouqueci.

- É, eu percebi que você exagerou um pouco. - Um breve silêncio se fez na sala até que ele voltou a falar. - Eu te desculpo.

- Mas que caso esta indo mal? o do senhor Mathias ?

- Você lembra desse caso neh? Então parece que encontraram algo novo que parece que o incrimina.

- Nossa justo agora que parecia estar tudo indo tão bem

- É! Não vamos falar disso agora... Isso quase me deixou louca hoje.

- Você que sabe...


Com um olhar curioso para as mão de Vicente, e percebendo que ele carregava desde chegou uma sacola, Júlia ainda olhando para sacola pergunta:

-O que tem ai dentro?

Ele distraído, olha para sacola e responde com um sorriso no rosto

-As nossas pazes

E deixa que ela veja que dentro da sacola tem uma garrafa de vinho tinto e queijo.

-Hummm, adorei a sua idéia de fazermos as pazes.




^AR^



PS.: Sempre existe uma musa inspiradora, mesmo que essa não apareça, ou não pareça pertencer a um certo tempo.

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Musas e Inspirações

terça-feira, agosto 03, 2010 / Postado por And_Rodrigues / comentários (2)

A intenção hoje era colocar a primeira parte de uma história, mas ainda não esta do jeito que eu quero, ou de um jeito que me agrade, então optei por fazer um tipo de continuação para o post da semana passada, espero que gostem.






Perguntaram-me sobre minha musa
respondi que o misterio sobre sua identidade,
Produzia a curiosidade, a magia do saber quem é ?
A verdade é que
Num primeiro momento,
quando tu se envolve com alguém,
se apaixona logo o mais duro coração
Torna-se poeta, e se deixa levar pelo momento
ponto para a inspiração
que embreaga os sentidos,
Que lhe permite sonhar,
que te faz viajar, além do que sua razão
normalmente lhe permitiria
Logo o conquistar te faz ceder
somente para agradar a quem te inspira
Mas como esquecer o apice da inspiração
A dor provocada pelo fim
pelo não realizar dos seus desejos juntos
agora de uma hora para outra separados
Ah doce amarga inspiração
que tira tão belas palavras
de um lugar que só ve dor
e o desejo de se ter novamente
faz-se descobrir,
debaixo do nunca mais amar
a esperança que jamais veria
no topor da felicidade, ou no negligencia
do que ja forá conquistado
Porém, agora, diante de uma falsa solidão
se prende a quem no momento certo
deveria ter se dedicado.



^AR^