Lendo uma matéria sobre os amores impossíveis de Clarisse Lispector, e como esses romances “mal-sucedidos” à inspiraram, deparei-me comigo mesmo quando terminará uma relação que estava fadada ao fracasso e na última página da obra de Antoine de Saint-Exupéry.
A Dor imensa que parece tirar suas forças,
Te suga, te consome,
E mesmo se vendo acabar;
Não consegue deixar de se esvair.
Tudo o que faz,
Que toma contornos de cinza,
Tem pequenos lapsos de uma aquarela colorida,
De cor fraca,
Que logo, antes mesmo que percebas desbota.
E o teu sorriso não passa de um arreganhar de lábios,
Que escondem uma Dor só sua,
Não minha, muito menos nossa.
Quando percebi estava escrevendo, e isso era como se naquele momento, de algum jeito, a dor tomava forma, virava expressão, e nesse momento, o coração em ritmo mesmo que acelerado tornava-se calmo, um momento de bonança diante da tormenta da auto-implosão.
De maneira nenhuma me comparo a Clarisse e sua obra, não bati tão forte com a cabeça assim, só digo que amar carrega uma boa dose de inspiração, sofrer por amor é a inspiração pura.
^AR^
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2 comentários:
Nao sei mais o que dizer pra ti...de certa forma me encontrei em suas palavras... "a inspiração pura é sofrer por amor"... mais como posso ter inspiração se meu sentimento é apenas sofrer...
Inspiração, dizem que temos quando estamos felizes, mentira, também vem do sofrimento e da tristeza.
É isso aí cara, sucesso semanal pra você.
rsrs.
Abraços!
Kimura.
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